“Memória do passado é herança a agradecer, a conservar e a valorizar”

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Origens e Formação das Comunidades

  Comunidades ...em construção

   
  ÁGUA CLARA

       Aguá Clara: Comunidade situada entre Doce Grande, Rio da Várzea e Lagoa dos Souzas teve sua fundação a mais de 100 anos, com a chegada das primeiras famílias: Lemos, Batista. Seguidos por Francisco Chelé, Salvador Veríssimo, Antonio Emídio Pereira,Pedro e José Honório de Lima,Francisco Machado,João da Cruz, Manoél da Maia, Manoél Ferreira de Paula, Joaquim Cardoso Machado...
      A primeira casa de comércio foi instalada em 1937, sendo que as mercadorias eram transportadas em cargueiros e carroças.
      Em 1948 Surgiu a primeira escola, que funcionava na residencia do Sr Joaquim Cardoso Machado tendo como professor o Sr José da Cruz, funcionário da prefeitura de Rio Negro.
     Na década de 50, outra escola funcionou na residencia do Sr Leopoldo Meister, dirigida pela Lauria Mass.
Em 1960, a prefeitura de Rio Negro construiu a primeira escola pública, tendo como professora a Sra Lindamir Piontkievicz, e mais depois pela professora Terezinha da Conceição Lima. Esta escola hoje de alvenaria, é utilizada como um mini posto de saúde, e  esta situada ao lado da capela Nossa Sra do Perpétuo Socorro.     (Fonte de informações: Joaquim Cardoso Machado)

Capela Nossa Sra do Perpétuo Socorro.
Foto tirada por Evalice Santana numa missa campal, após uma cavalgada que partiu da Localidade de Doce Grande em 2011.
Cavalgada esta que já se tornou tradição, sendo que a cada ano, tem aumentado o numero de cavaleiros que partem de uma das comunidades, e recebidos em outra, com missa e festa Campal. Puxando o cortejo dos cavaleiros, vai uma imagem de Nossa Sra Aparecida,levada em uma charrete adornada pelos fiéis.



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                   ATERRADO ALTO               


Aterrado Alto, é uma das comunidades mais distantes da sede,distando aproximadamente 40 Km.
Esta localizada num canto ponteagudo do município entre as divisas de Agudos do Sul e Piên.
É cortada pela PR-58 que liga a Br 116 a São Bento do Sul SC.
Os moradores pioneiros da comunidade pertenceram às familias: Preto, Bail, Honório, Forteski e Cruz.
Somente no ano de 1992, o prefeito João Santana Pinto  mandou construir uma escolinha na comunidade. A escola recebeu o nome de uma das pioneiras do lugar, Sra "Marta Bail".
Encontra-se nesta localidade numa altitude de 1000m acima do nível do mar, uma fonte natural, chamada de Riacho Doce.  A água que jorra desta  fonte é mineral fluoretada e radioativa por natureza.

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LAGOA DOS SOUZAS


Lagoa do Souzas pertence a dois municípios, Quitandinha e Agudos do Sul.
Seus desbravadores pertenceram as famílias Pereira (Chico Pereira) Gomes, Oliveira, Meister, Lintzmeyer, Kuroski, Borges...
Até a década de 50, Lagoa dos Souzas foi bem sucedida, pois um morador local, Sr Luiz Schereiner, havia montado uma serraria e um moinho de cereais, onde o ruído do apito da industria se ouvia a quilômetros. O Sr Luiz foi morto a bala em confronto com inimigos, a partir da morte do mesmo, a industria caiu, trazendo prejuízos para a população.
Em 1967/1968 o prefeito José Steffel Filho construiu uma escola na comunidade, orientada pela professora Marli Terezinha Meier. Esta escola, foi fechada por administração posterior. 



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CAMPINA DOS PRETOS


Campina dos Pretos, hoje chamada só por Campina, foi povoada ainda antes de Areia Branca, hoje Quitandinha.
Seus fundadores se instalaram em 1850, entre eles Gertrudes Rodriguez Preto, e Caroline Preto, surgindo daí o nome "Campina dos Pretos".
Mais tarde foram chegando e se instalando, Manoél Paz de Moura, Serafim Massaneiro, Onofre e Gabriel Fernandes, Francisco Colaçoeiro, Manoel Pinheiro ... Quase todos de origem Portuguesa.
Tendo como fonte de renda, a erva mate e criação de suínos, o lugar não tardou a entrar em desenvolvimento.
Numa região da Campina, denominada Passo do Izidório, existe um cemitério desativado, que se originou com o sepultamento do Sr Manoél Paz de Moura, integrante da Revolução Federalista de 1894.
Juvenal Pinto de Andrade um líder incontestado  , muito contribuiu para o crescimento da comunidade. Sr Juvenal ali instalou-se em 1934, já em 1937 fez funcionar a primeira escolinha do lugar, sendo como professor, um gaúcho andarilho de bastante cultura, adquiriu o primeiro caminhão da localidade, tornando-se assim comprador de erva mate e outros produtos  da região e assim incentivando os produtores locais.
O Sr Juvenal, foi eleito vereador por quatro vezes, duas delas por Contenda, antes da criação de Quitandinha, e como vereador ele conseguiu entre seus trabalhos a primeira escola pública, construída em 1947, sendo professoras Cacilda Leal de Moura e Virgínia Trczeck.
Campina situa-se a apenas 2 km da sede do município e é margeada prla Br-116.

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Rio Lambari, divide Pangaré e Doce Fino

PANGARÉ


"Vou buscar o Pangaré" Assim falava um empregado do Sr Manoel Peppe, quando todos os dias o mesmo ia à procura de um cavalo de nome e pelo Pangaré. O mesmo empregado numa das procuras do cavalo,também teria matado um grande veado,  de cor pangaré, e isto levou a localidade chamar-se Pangaré..
O Sr Manoel Peppe deu origem a comunidade, ao requerer e tomar posse no primeiro quinhão de terras, onde instalou sua propriedade.
No lugar onde residia o Sr Manoél Péppe, ainda hoje, e chamada de "Pépes).
Em 1890, foi construída uma capela devotada a São Sebastião, nas margens do Rio da Várzea, a qual foi demolida 80 anos mais tarde, pelo vigario Pe Miguel Mikosz  e reconstruída próximo ao cartório.
Antes mesmo da criação do município, Pangaré já tinha eleito vereadores pela camara municipal de Rio Negro: Emilio Alvez da Rocha
e Emílio Batista de Oliveira. Criado o município elegeran-se por Quitandinha os Srs Henrique Germano Czéck, João Bartolomeu Ferreira, Valdevino Batista Ribas e Josias da Rocha. Também elegeu-se como vice-prefeito o Sr Eridon da Cunha, cartorário por 40 anos.


Pangaré - Distrito


 Em 1910, Pangaré foi elevado a distrito, criando-se o cartório Distrital, pela lei nº 15, de 15 de Março de 1910, sendo o 1º cartorário o Sr Antonio Barbosa Cardoso, e o 1º Juíz distrital, Sr Ovídio Rebello Virmond, o 1º Subdelegado de policia o Sr Nestor Virmond.
O 1º registro de nascimento: Pelieres 
Rebello Virmond filho do cartorário, no dia 09 de agosto de 1910.
O 1º Óbito registrado foi de Octávio Valter Camilo, filho de Adelino  e Sophia Valter Camilo.
1º casamento foi de Francisco de Paula Lourenço e Marcia Ferreira da Cruz, no dia 22 de agosto de 1910.
O 1º documento lavrado foi uma procuração em favor de Francisco Texeira da Cunha, firmada por Fausta Pires de Lima, em 18 de agosto de 1910.
Foram escrivães em Pangaré: Antonio Barbosa Cardoso, Florêncio Alves,Argemiro de Souza, Otavio Rodrigues de Oliveira, Eridon da Cunha e Raquel da Cunha...
 Prossição em homenagem a N Sra Aparecida - Pangaré
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PONTE NOVA E UVARANEIRAS


Ponte Nova, Uvaraneiras, Barro Branco e São Gabriél, começaram praticamente juntas, ainda no tempo do Império.
Na época, o Império liberava recursos para aberturas de estradas em meio aos sertões, e assim foi que Serafim Ferreira do Amaral e seus homens abriram as primeiras picadas, ligando, a Vila dos Príncipe, hoje Lapa, até Areia Branca, hoje Quitandinha. Sabe-se de uma ponte pêncil construída sobre o Rio da Varzea, na comunidade de Barro Branco, onde residiu um dos mais antigos moradores, José dos Anjos.
Mais tarde o Sr Narciso Rodriguez de Meira, veio para a região para construir outra ponte, a qual deu origem ao nome "Ponte Nova". A ponte custou ao erário do Império a importância de 200 mil réis.
O lugar tomou impulso com a vinda do Sr Paulo Cavet e Sra Angelina Parolin Cavet, que construiram uma serraria, e deram início a criação de gado, deram início a uma escolinha e contruíram a primeira capela devotada ao Divino Espirito Santo. 
Em 1966, o prefeito José Stefel Filho construiu uma escola, e o Pe Miguél José Mikos  construiu uma capela, com ajuda das familias Cavet, Anjos, Karpinski, Yavorski, Santos, Camargo, Habinóski e outros...


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SERRINHO


Serrinho é uma comunidade bem antiga em nosso município, contando seu início no ano de 1870. Pelo que se tem conhecimento, a primeira família a aportar no lugar foi a família Batista, chefiada pela senhora Sebastiana Batista, Quinco Padilha e dona Caetana foram outros que vieram em seguida, tendo estes construído a primeira casa de taipa (varas e barro socado), onde residiram por longo tempo. Ali funcionou a primeira escola do lugar, tendo como professor o Sr Aristides Pinheiro Manguerote. 
 Essa casa pertenceu finalmente a Honestálio dos Santos, que a demoliu para contruir outra, agora com tabuas falquejadas. 
José Matias, Marcelino Tristão, José Taborda, Marcelino Tristão foram outros que muito contribuíram para o progresso e desenvolvimento do lugar. A exploração da erva mate, o plantio de milho e feijão, a criação de porcos, gados e cavalos, foi a forte sobrevivência do povo. o comércio de seus produtos e aquisição de seus viveres alimentícios eram feitos por comerciantes de Pangaré e Areia Branca.
Em 1989 Foi construída uma capela devotada a Nossa Senhora Aparecida,


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CAÍ


A comunidade de Caí, é dividida em dois territórios, Caí de Cima em Quitandinha, e Caí de Baixo em Mandirituba.
Diversas lendas são contadas para explicar o  nome de 'Caí'. Alguns falam que quando os caçadores soltavam seus cachorros à procura de  caças, estas iam cair num determinado lugar, sempre no Rio Caí. A palavra cair significava, chegar, procurar esconderijo, defender-se.
Caí teve seu início a mais de 150 anos, com a vinda do Sr Francisco Fabrício, e seu filho, Antonio Fabrício, os quais construíram sua morada no local onde hoje se encontra a capela do Caí de Cima. A esposa de Francisco, era uma índia natural de Taió SC, e segundo os mais antigos, o nome Caí, em alguns documentos Caí-Mirim é de origem indígena.
Logo chegou outro desbravador, o Sr Irineo Padilha, que era avô dos padilhas mais velhos e que ainda hoje moram no lugar.
As famílias Fabricio e Padilha cresceram e hoje possuem muitos descendentes.
Outras famílias foram chegando anos mais tarde, como Constantino Cizino de Lima, Izidório Honório dos Santos, Francisco Zuclinski, Fernandes, Ribeiro, Barão, Rompava, Batista e outras.
Na década de 40, funcionou a primeira escola particular na comunidade, sendo professor o Sr Ciríaco Atanásio Pereira que lecionava a expensas dos moradores.
O primeiro comerciante teria sido o Sr Zéquinha Ferreira. Pelos anos de 1920, dona Maria Brás Fabrício, construiu uma capelinha, devotada a tres Santos: São Sebastião, São Bráz e Divíno Espírito Santo, e promovia tres festas por ano,uma para cada Santo, e vivia às custas do lucro das festinhas.  
Em 1943, transferiu residencia para para o Caí o Sr João da Silva Freitas, por alcunha de João Batista, instalando a primeira casa de comércio e a primeira casa escolar, sendo professora dona Vanina Reis Storer. Não satisfeito, João Batista recorreu aos préstimos do então deputado Mario Faraco, na gestão do governador Moisés Lupion, tendo conseguido a construção da escola que ainda hoje serve a comunidade e leva o nome de E R M Vereador João da Silva Freitas. João Batista foi vereador por quatro mandatos: Pela Lapa, Contenda e duas vezes por Quitandinha, e também exerceu a função de delegado de polícia pelo distrito de Areia Branca em 1959.
Hoje, a comunidade do Caí conta com duas capelas, uma em Caí de Cima devotada a Cristo Rei, inaugurada em 08 de dezembro de 1987; outra em Caí de Baixo, paróquia de Quitandinha, mas no município de Mandirituba.   


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RIBEIRÃO VERMELHO




Pelos idos de 1850, Manoél Ferreira, Pedro Rodrigues de Meira, Olímpio dos Santos, José Ferreira e Joaquim de Santana, foram os primeiros desbravadores, que oriundos da região da Lapa, embrenharam-se mata a dentro nas margens de um rio, afluente do Rio da Várzea, o qual era de cor avermelhada desde sua cabeceira na Serra da Pedra Vermelha, ali se instalaram, dando origem ao nome deste lugar.
No adendo do livro "Histórias do Paraná" Romário Martins refere-se aos poloneses que, em 1870 espalharam-se da Lapa,para diversas regiões, e de onde alguns vieram para o Ribeirão Vermelho.
A partir de 1910 foram chegando, José Wosniak, Francisco Karpinski, João Figura, Vicente Resner e Ingnácio Kogeraski que em 1970 foi agraciado com o título de cidadão honorário de Quitandinha por ser o imigrante polonês mais idoso do município.(Projeto do Vereador João Santana Pinto)  
A primeira professora foi dona Ana Drevnhóski, que lecionava em dois turnos, um para os filhos de brasileiros outro em lingua polonesa para filhos de poloneses. Sebastião Brozek era professor e catequista.
Construíram em 1926 o cemitério da comunidade, e em 1930 a primeira capela, devotada a São João Batista.
O sr Miguél Komarcheski foi o primeiro comerciante e a primeira professora pública foi dona Rebata Chafauser.
A comunidade se reunia todos os domingos, para a reza do terço em portugues e na lingua polonesa pelo sr Franscisco Gebaróski, o qual vinha de carroça de uma distancia de 12 km.
Em 1932 foram suspensas por proibição do então presidente Getúlio Vargas as aulas e rezas de língua Polonesa.
A atuação comercial e política de Tobias da Silva Freitas e Eugênio Augusto Fetzer,
ambos vereadores por vários mandatos, Ambrósio Kais, Tadeu Figura, José Ferreira Muniz, Barsílio Ribeiro, Carlito Procópio, Antonio Cordeiro da Silva, Adão Bochenek,Anonio da Silva,Vicente Karpinski e Dionísio Fila, O Padre Gabriél Figura, dois pracinhas da 2ª guerra mundial: Pedro Czelusniak e Ervino Gonçalves da Silva, as professoras Adelaide Ruth Celusniak, Rosi da Silva Freitas, Yolanda Fetzer da Silva entra outras,  trouxeram muitas melhorias e progresso para a comunidade.

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BRANCOS


   Atraídos pelo comércio de erva mate, e agricultura nas terras férteis desta região, para cá se dirigiram em modestas canoas pelo Rio da Várzea, os seguintes povoadores: Joaquim Verê, Pedro Mafaldo, Joaquim Demício, José e Manoél da Luz e Pedro Pereira.
Alguns anos mais tarde para cá se deslocaram os irmãos Bento Damásio e Eleutério Fernandes de Andrade, seguidos pelos irmãos Joaquim Guilherme Ferreira, Antonio, Melquiades e Manéco Branco; José Góis Padilha, e os poloneses, João Surek, Domingos Chullis, Luiz Dudek, Emílio Elbec e João Tokarski.
Pelo trabalho e luta dos primeiros povoadores, o lugar foi se desenvolvendo a ponto de Eleutério Fernandes de Andrade construiu ali a primeira casa comercial, e nas dependências da mesma, a sua esposa, Dona Anysia Vieira de Andrade, fez ali funcionar a primeira escolinha, sendo ela mesma a professora, lecionando gratuitamente aos filhos da vizinhança.
Em 1928, o sr João Tokarski construiu um moinho de cereais com o nome de Moinho Santo Antonio, movido a força hidráulica, onde funcionou até a década de 90, por seu filho Francisco Tokarski.
Alguns anos mais tarde, Eleutério e Bento Andrade transferiram transferiram residencia  para Areia Branca (hoje Quitandinha).
O nome BRANCOS deu-se pelo fato de os poloneses serem de pele clara.   


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DOCE FINO


Doce Fino teve seu início na fundação de Doce Grande.
Um cidadão de sobrenome Lima teria sido seu fundador.Este era compadre do Sr João  Flórido Cavalheiro, fundador de Doce Grande.
O nome Doce Fino vem da abundancia de mél silvestre (veieira) encontrado na região. O adjetivo fino era para diferenciar de Doce Grande, visto que as duas comunidades tinham o mesmo nome pelo mesmo motivo: Abundancia de mel.
Tempos mais tarde, chegaram novos moradores, entre eles os srs Francisco Paraguaio, José Fernandes, Osório Nascimento, Salvador Henrique Martins, José e Custodio Rodriguez, Eleutério Peppe, Fernando Nogueira, Narciso Rodriguez da Fonseca, Nestor Virmond...
A partir de 1920, o lugar começou a desenvolver-se com a construção de uma serraria de madeira, onde um pinheiro escolhido era vendido a 550 Réis de propriedade de Estanislau Carloff, e uma casa comercial, pertencente a Gustavo Ruhkof, cujos empreendimentos muito contribuíram.
Mais tarde a serraria passou ao sr João Chemim, o qual em 1934, construiu uma capelinha devotada a São Pedro, e uma escolinha para ensino dos moradores, cujo professor foi o Sr Valentin Ingler.
Por influencia de Nestor Virmond, que foi político e delegado de polícia, a sede do distrito de Pangaré passou para Doce Fino,      onde funcionou o cartório distrital e a delegacia de policia ate o ano 1942.
Em 1947, um comerciante de nome Candido Raymundo dos Santos, intercedeu junto ao Dr Rui Carnascialli, o qual conseguiu para o Doce Fino a primeira casa-escola pública, tendo como professora, por 35 anos, Maria  Augusta Kosinski. Hoje, em Doce Fino, funciona uma das maiores escolas do interior do município, com  ensino fundamental e ensino médio, construída na gestão do prefeito João Santana Pinto  
Nasceram em Doce Fino: Wilson Hasselmann e José Adir da Cruz, ex vereadores, e José Carlos de Oliveira, ex pracinha da FEB, cuja história de sua vida ainda hoje é contada em versos escritos pelo Professor João Santana Pinto.


estes versos estão postados neste blog


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ANTA MAGRA



          A comunidade de Anta Magra surgiu após a fundação de Campinas dos Pretos. Os primeiros habitantes que ali se instalaram foram: Domingos Pinto da Silva, Joaquim Pinto da Silva e Ermilino Leal. O nome do lugar Anta Magra surgiu quando, no começo da colonização, um de seus fundadores matou uma anta muito magra nas matas do lugar.
          Seus fundadores muito lutaram no início da fundação, dadas as dificuldades encontradas na região. Mais tarde, porém, com a abertura da estrada que liga Pangaré a Areia Branca e com a construção de uma ponte de madeira sobre o Rio da Várzea, o lugar tomou impulso.
Na década de 40, estabeleceu-se com a casa de comercio na localidade o senhor José Ribeiro Lemos, conhecido pela alcunha de “Juquinha Lemos          ”, que muito contribuiu para a melhoria do lugar, visto que este tanto vendia como comprava os produtos da região. Consta que os primeiros moradores que vieram para Anta Magra eram oriundos do Campo Redondo – Município de Araucária. Em1976, foi construída aí a primeira escola municipal, cujas professoras foram Guida Maria Massaneiro e Terezinha Rocha dos Santos. Anteriormente, vieram para Anta Magra os senhores Antonio Pinheiro, José Pinheiro, Família Buava, e mais tarde Obzut. Conta-se, ainda, que o primeiro comércio desenvolvido pela população era feito através de cargueiros e mais tarde de carroças. Hoje a escola local foi reconstruída em alvenaria na gestão do prefeito João Santana e denominava-se Escola Rural Municipal “Juquinha Lemos” em homenagem a um de seus colaboradores. A comunidade está servida de energia elétrica, telefone, água tratada e casa comercial. Produz milho, feijão, cebola, batata, fumo e areia para construção.

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Cerro verde

          Sobre a comunidade de Cerro Verde não podemos obter informações com  o pessoal do lugar. No entanto, temos conhecimento, embora superficial, daquele pedaço de Quitandinha há mais de 40 anos.
          Sabe-se que um dos primeiros a empreender trabalhos na comunidade foi o Sr. Antonio Ribas, que foi maior proprietário de terras daquela região. Descendentes de Antonio Ribas fizeram parte do desenvolvimento do lugar: o senhor Antonio Centa, cujos filhos hoje são proprietários de boas áreas de terras e criação de gado; Francisco Guimarães Ribas, filho de Antonio Ribas, foi umas das figuras mais conhecidas na comunidade devido à sua grande prole e sua intimidade com toda a população. Ele é vulgarmente conhecido Poe Chico Ribas, conta hoje com aproximadamente com 90 anos de idade e é possuidor de grande área de terras onde muitos moradores plantam suas roças, lá habitam e criam animais.
          A família Ribeiro é muito antiga no lugar. O senhor Adilino Ribeiro, falecido, com 102 anos de idade deixou também muitos parente. A família Schernoveber descendente de um imigrante alemão chamado João Schernoveber. Residem na área as famílias Barros, Vieira, Barbosa, Machado, Alves e entre as mais recentes, Psczubeovis Bochenek, Steff, Cordeiro e outras.
          Cerro Verde é uma das maiores comunidades do município, sendo até mesmo dividida em Cerro Verde I, II e III. No Cerro Verde I, existe uma boa escola construída e de alvenaria na gestão do prefeito João Santana. Há também uma linda capela devotada à Santa Cruz, que se originou de um antigo cruzeiro onde as famílias costumavam fazer celebrações religiosas. Essa capela foi construída em Cerro Verde II, tendo como responsável o senhor José Lúcio de Lima, conhecido por Jeca de Lima. Por intervenção do vigário, a capela foi transferida para a localidade de Santa Cruz. Em Cerro Verde II, existe uma escola desativada, construída em madeira no ano de 1963, onde a professora Carolina Rauth lecionou até a época de sua aposentadoria. Em Cerro Verde III, também existe uma escolinha construída pelo Governo do estado em 1949 e reconstruída pelo prefeito José Steffel Filho, em 1968. Cerro Verde está situada entre as localidades de Rio Vermelhinho, Ribeirão Vermelho, Serrinho, Pangaré e Lagoa Verde, dividindo também, ao norte com o município de Piên.
          Em Cerro Verde II, existe um posto de saúde  em pleno funcionamento. O nome do lugar, Cerro Verde, é devido aos lindos montes existem nos morros, que são verdes. Os lindos e abundantes pinheirais existem nos morros fizeram com que a denominação do lugar permanecesse como era no começo – Cerro Verde.
          A região foi grande produtora de madeira e erva mate, sendo hoje a agricultura sua principal fonte de renda. Cerro Verde já contribuiu côa a administração de Quitandinha. Elegeu, em 1978, o vereador Aristides Guimarães Ribas e, em 82, o suplente de vereador Francisco Reykedal Ribas – Chiquinho – sendo ambos filhos do Sr. Chico Ribas.

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Doce Grande

          Doce Grande é sem duvida uma das comunidades mais antigas do nosso município. Verificando arquivos e registros constam que: “Paróquia de Vila do Príncipe (hoje Lapa) Livro de Registros – Registro n° 368, de 13 de março de 1856, extraído de 1-H-440 do ano de 1848, assinado pelo Padre Inácio Alves de Faria e Souza     , a Posse de João Flórido cavalheiro, o 1° povoador, com área de meia légua em quadro com o nome de Rio Doce”.
          O nome de Doce teve a origem na abundância de mel silvestre encontrado na época de seu povoamento. O nome foi mudado para Doce Grande para diferenciar de Doce Fino, que recebeu o nome pelo mesmo  motivo. Conta-se que João Flórido Cavalheiro era compadre do cidadão Lima, fundador de Doce Fino.
          Os dois colocaram o nome de Doce às suas propriedades devido à abundância de mel na região, e juntos decidiram pelos adjetivo fino para Doce Fino e grande para Doce Grande. Logo no início do povoamento João Flórido viajou de cargueiro até São Francisco – SC onde encontrou um casalzinho de alemães recém-chegados ao Brasil. Como eles não tinham para onde ir o cavalheiro os trouxe para Doce Grande. Estes foram os primeiros alemães a residir na nossa terra. Martin e Guilhermina Meister deixaram mais de 500 descendentes. Muitas famílias se deslocaram para cá e integraram a comunidade. Entre elas estão: família Ribas, Cruz, Rodrigues, Pires, Oliveira, Bastos, Barbosa, Santana, Piontkievicz, Maciel, Lima Sura, Sá Ribas e outras. Apesar da diversidade etnia das famílias, o povo vive em harmonia e é muito unido. É notório o respeito e amizade que imperam entre os moradores, normente em momentos de dificuldades como doença, morte, acidente ou catástrofe.
          O povo, laborioso e trabalhador, vivem da agropecuária: milho, feijão, fumo, frango de corte e gado.
          É um povo bastante religioso, existindo na comunidade duas capelas: uma devota a São João Batista, que data do principio do século (construída pelos fundadores e seus descendentes), e outra devota a Nossa Senhora da Conceição, que data de 1932 (construída pela Família Cruz).
          As primeiras escolas da comunidade eram organizadas pelas famílias, que se cotizavam para pagar o professor. Este se hospedava na casa escolar. A primeira escola pública de que se tem conhecimento data de 1934, sendo seus professores: Ciríaco Atanázio Pereira e Abílio Barbosa Cardoso.
          Hoje a comunidade conta com três escolas: uma em Pires, outra em Quicé dos Ribas e a principal, construída na gestão Santana Pinto, com mais de 500 metros quadrados de área construída.
          Conta a comunidade com casas comerciais, serraria de madeira, posto de saúde, ferraria, energia elétrica, água tratada e serviços telefônicos para toda a comunidade. É a maior produtora de fumo do município.
          Como prova da união existente entre o povo do lugar, basta citar que, desde 1950, a comunidade sempre elegeu um vereador para representá-la: Olavo Ribas da Cruz e Mário Ribas da Cruz, vereador por Rio Negro. Com a criação do município de Quitandinha, já foram eleitas as seguintes pessoas: João Santana Pinto, duas vezes vereador e um mandato de prefeito municipal; Urbano Piontkievicz, dois mandatos de vereador; Arnaldo Ribas da Cruz um mandato de vereador, Wilson Hasselmann, dois anos de mandato de vereador; José Santana Pinto e Valdir Ribas da Cruz, um mandato de vereador. Elegeram-se suplentes de vereador: Valfrido Cavalheiro da Rocha, Ítil Ribas, Alfredo Telma e Albino Piontkievicz.

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Quicé dos Alves

          Quicé dos Alves teve seu inicio de povoamento no ano de 1870.
          O primeiro morador do lugar teria sido Antônio Peppe, o qual desceu de Pangaré, da família de Manoel Peppe. Sua principal atividade era criação de gado.Em seguida vieram João Rodrigues, Sipriano Rodrigues, Irineu Rodrigues e Sério Machado. Mais tarde vieram Porfírio Buava, João Alves, de cuja família surgiu o nome do lugar (Quicé = capim + dos Alves), João Moreira da Paz, Gregório Camilo e Luiz Paluski. Dedicaram-se à derrubada de matas para plantação de milho e feijão, criação de porcos, gado e cavalos. A partir de 1910, atraídos pela produção conseguida pelos primeiros, vieram ainda a família Ferreira, Germano Colaço e Francisco Rodrigues. Sem abandonar a agricultura e criação de animais domésticos, passaram também à exploração de erva-mate, produto nativo e muito abundante na região.
          Quicé sempre foi uma comunidade de difícil acesso, dada a precariedade das vias de comunicação. O povoado está situado nas encostas da serra em terrenos muito acidentados. Os primeiros moradores faziam comércio com comerciantes de Doce Grande, Pangaré e Doce Fino, cujo transporte era feito de cargueiro. Contou-nos um morador que, na primeira vez que um automóvel entrou na comunidade, todos os moradores que conseguiram estudar pelo menos as primeiras letras do alfabeto iam a pé até a localidade de Doce Fino, onde frequentavam uma escolinha particular. Antes de 1937, a prefeitura da Lapa iniciou a abertura de uma estrada construída à picareta, ligando Quicé a Pangaré. Porém nessa época, a comunidade passou para o domínio de Rio negro, sendo suspensa a construção da referida estrada.
          Com a criação do município de Quitandinha o lugar começou a receber alguns melhoramentos e, em 1961, foi construída a primeira escola publica da comunidade, cujo professor foi José Santana. Em 1971, instalou-se a primeira casa de comercio da propriedade de José Ferreira, o qual foi também suplente de vereador. Em 1986, o DER construiu uma estrada ligando Quicé a Doce Fino e Pangaré, melhorando com isso o acesso à comunidade, implantando uma linha de ônibus. Quicé hoje é servida por estrada, energia elétrica, boa escola e um barracão onde se pretende construir uma capela.

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Campestre

          A própria palavra já diz o que representa – campestre – próprio do campo, rural, agreste.
          A comunidade Campestre está dividida em diversos quinhões: Campestre dos Santos, Campestre dos Matosos, Campestre dos Paula.
          Segundo fonte digna de crédito, a comunidade teve inicio pelos idos de 1880, com a vinda das famílias Claudino, Paz de Moura, Martinho de Maia, Vicente Euzébio e Miguel dos Santos. Estes deram inicio ao desbravamento das matas virgens e a arrancada do povoamento. O lugar teve grande impulso com a chegada de Francisco Matoso Neto, o qual estabeleceu com pequena casa de comercio e mais tarde (1909), montou uma serraria de madeira movida à força hidráulica. O ciclo da erva-mate, que impulsionou as finanças de todo Paraná, deu também a Campestre um impulso extraordinário. Francisco Matoso Neto tornou-se grande comprador de erva-mate, cujas remessas eram transportadas em tropas de cargueiros para Curitiba, Morretes e Antonina. Apesar da precariedade dos caminhos traçados em meio as matas, as tropas de Francisco Matoso não interrompiam o vai-e-vem diário transportando o produto. Conta-se que, apenas um anão a safra, Francisco Matoso comprou e transportou para os centros comerciais 3.500 arrobas de erva-mate. As famílias trabalhavam unidas e conseguiam, com facilidade, os melhoramentos para Areia Branca, Campestre, Mato Dentro e Tietê.
          Em 1915, fizeram funcionar a primeira escolinha para a comunidade, trazendo professora de Curitiba, cujo salário, sala de aula, material didático eram pagos  pelas famílias do lugar.
          Em 1930, construíram uma capelinha de alvenaria onde a comunidade fazia seu ato religioso. Produzindo milho, feijão, batata, cebola, animais domésticos e piscicultura em pequena escala, a comunidade esta se desenvolvendo após alguns anos de retrocesso.
          Hoje conta com duas escolas de nível primário, uma bonita capela de alvenaria, havendo uma melhoria nas estradas, o que tem contribuindo para o desenvolvimento do lugar.
          Em 1961, época de criação do município de Quitandinha, Campestre colaborou elegendo um de seus habitantes, vereador Horácio Gonçalves do Vale, com 89 votos. Da família Gonçalves do Vale de Campestre elegeram-se: Hilário Gonçalves, vereador e mais tarde vice-prefeito e Ivo Alceu Gonçalves do Vale, vereador. Ainda Campestre mais tarde: Antonio Pedro Machoski, vereador e Gilberto Paz de Moura, suplente de vereador. Hoje compõem o agrupamento de moradores campestrinos as famílias: Paz de Moura, Folador, Matoso, Kurecki, Gonçalves do Vale, Franco, Vante, Ferreira, Machoski, Silveira, Andrade, santos e outras.

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Rio da Várzea

          Pelo que pudemos deduzir em pesquisas feitas na comunidade, Rio da Várzea já conta com mais de 150 anos de existência. Pela sua expansão, Rio da Várzea abrange quatro comunidades menores: Rio da Várzea, Água Clara de Baixo, Lageadinho e Quebra Joelho. Os primeiros povoadores que ali chegaram foram: João do Vale e José Friciano. Logo em seguida, vieram 6 irmãos da família Cruz: José da Cruz, Pedro da Cruz, André da Cruz, João da Cruz, Jorge da Cruz e Custódio da Cruz, e mais o senhor Paula Pinheiro. Esses moradores teriam adquirido as áreas de terra que compõem a localidade, sem duvida requerendo os direitos do governo, visto que ali tudo era sertão. O nome Rio da Várzea teve origem no rio que atravessava a localidade, uma vez que este em toda a extensão, é cercado de várzeas.
          Alguns fatores teriam contribuído para o desenvolvimento da comunidade, como: terras férteis para produção de alimentos e criação de animais, a abundância da erva-mate, muita madeira e a construção de uma ponte sobre o rio da Várzea; a construção da capela devota ao Senhor Bom Jesus e o cemitério, nos anos de 1900 a 1910, pelo senhor José Ribas (Jeca Ribas); a primeira casa de comercio da localidade pertence ao senhor Reynaldo Kruguer, passando depois para Jorge Ribas da Cruz que manteve por mais de 40 anos. A primeira escola (particular) que existiu em Quebra Joelho teve como professor Manuel Cunha.Em 1919, funcionou outra escola particular na comunidade, cujo professor foi Miguel Custódio Kobe, que alfabetizou toda a população em idade escolar.Na região de Água Clara de Baixo, o desenvolvimento deve-se aos irmãos Cruz, cuja descendência existe até hoje entre netos e bisnetos. Muitos nomes contribuíram para o desenvolvimento do lugar, como José Ribas da Cruz, Francisco Alves de Bastos, André Olegário da Cruz, José Felipe da Cruz, Barnabé Massaneiro, Jorge e José Alves da Cruz, Izac Ferreira de Paula, Tibúrcio Gregório da Cruz, Luciano Honório, Eduardo Teixeira da Cruz, Matias Alves de Bastos e outros. A primeira escola publica do lugar data de 1948, cuja professora foi Alice Mass, e funcionou na residência Alves de Bastos.
          Em 1950, foi construída pelo governo do Estado a primeira casa escolar pública, cujas professoras eram: Alice Mass, Maria de Deus Bastos, Maria Iraci Fagundes e Zoé Ribas Mazzo. Em 1983, uma enchente destruiu a ponte sobre o Rio da Várzea, tendo o governo José Richa mandado construir outra de concreto armado, por interferência dos políticos da época, particularmente o vereador José Santana Pinto.
          Hoje a comunidade de Rio da Várzea está bem desenvolvida sendo servida de energia elétrica, posto telefônico, boas escolas em Água clara de Baixo , Quebra Joelho e Rio da Várzea (Bom Jesus), posto de saúde, água encanada, bom comércio e grande produção agrícola.
          Além da capela do Senhor do Bom Jesus e cemitério construído na início do século por Jeca Ribas há ainda a capela de Cristo Rei instalada em Água Clara de Baixo, construída em 1984; a imagem foi adquirida da livraria Verbo Divino de Curitiba, e trazida de São Paulo. Esta imagem foi conduzida solenemente por João Santana Pinto e comitiva, e entregue à população que recebeu com grande festividade, chefiados por Antonio Hiurke Sobrinho, sendo o vigário o padre Aleixo Kochinski.
          Com a criação do município de Quitandinha, Rio da Várzea teve um impulso de progresso. Na administração do prefeito José Steffel Filho, foram construídas a escola São Pedro em Quebra Joelho, e São José em Água Clara de Baixo. Esta foi construída em alvenaria na gestão de Anatólio Lipinski em 1985. O maior impulso que a comunidade recebeu foi na administração de João Santana Pinto (1989 a 1992): construção da escola de Quebra Joelho, uma sala junto à Escola São José, mini posto de saúde, poço artesiano e distribuição de água tratada para moradores, abertura de boas estradas e a construção da escola Francisco Alves de Basto, em alvenaria, com 96 m² de área coberta.

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Comunidade de Reis.

          A comunidade de Reis teve seu começo de povoamento com a chegada da família de José Colaço e Maria dos reis que teriam chegado ali quando a comunidade ainda pertencia a Rio do Poço, aí por 1880. Essa família de modestos trabalhadores, vindo de Três Barras- SC construíram a primeira residência na localidade. O nome do lugar – Reis – teve origem no nome dos primeiros povoadores. Conta-se que em 1894, quando à Revolução Federalista, José Colaço dos Reis e mais Pedro de Lima, recém-chegado, tiveram que se embrenhar no sertão para escapar da escolta que os procurava.
          Junto com Pedro de Lima vieram também Alois Kais e Antonio Woitovicz, imigrante polonês que deu inicio à bataticultura na região, visto que o grande empenho das imigrações era a abundância de erva-mate. O primeiro comerciante a se instalar na localidade foi Zacarias Ferreira Martins, vindo de Pangaré, passando depois o comércio para João Florêncio Mendes, por alcunha de João Curador, o qual, além  de curandeiro, deu início à primeira escolinha na comunidade, cuja professora, Dina Paula Orning, paga pelos moradores, veio da cidade da Lapa.
          José Correa e Pedro de Lima dirigiam as “bandeiras do divino”, que consistia em visitar as famílias com bandeiras e canto ao som da viola e muita reza. Um filho de João Curador, Geremias de Lima Mendes, assumiu a direção do lugar se elegendo suplente de vereador, tratou logo de levar para lá a primeira escola municipal, em 1967,sendo a primeira professora D. Lindamir Piontkievicz, no governo do prefeito José S. Filho. Geremias Mendes foi também fundador e presidente da Associação dos Produtores de Quitandinha, “Quitanda”.
          Em 1992, o prefeito João Santana construiu nova escola de alvenaria e poço artesiano.



O cemiterinho

          Existe na comunidade de Reis um cemiterinho semi abandonado, cuja história registramos. Havia na localidade de Reis, um homem de mau caráter de nome Antônio Chato, o qual vivia com uma mãe solteira, com um filhinho de nome Virgilio. Antonio maltratava a amásia, como também o inocente filhinho. A criança apanhava todos os dias. Muitas vezes a mãe da criança fugia de casa pelos maus tratos recebidos. Antônio então batia na criança para que a mãe, atraída pelo choro, viesse em socorro do filho, quando apanhava também. Antonio Chato amarrava a criança numa árvore, deixando ali um pote de barro com feijão e farinha para sua alimentação, enquanto o casal passava o dia fora. Algo estranho começou a acontecer quando o menino ficava amarrado em dia de chuva, não se molhava. Uma força divina o protegia. Certa vez Antonio Chato fez um colete cravado de espinhos por dentro e também uma touca de espinhos e vestiu o menino, enquanto o deixavam só. Desta vez o menino morreu pelos maus tratos recebidos.
          Os pais sepultaram o menino no mato e deram como desaparecido.Passado algum tempo, o caso foi denunciado à polícia da Lapa, a qual obrigou Antonio Chato a dar conta do menino. Levados ao local e desenterrada a criança, nova surpresa: seu corpinho estava intacto tal qual havia sido enterrado. Uma piedosa senhora de nome Francisca Xavier de Oliveira, tendo obtido uma graça por pedido  que fez ao menino, mandou cercar o local da sepultura e confeccionar a imagem de um anjo com o nome Anjinho Virgilio, e a colocou em cima da sepultura. Anjinho passou a ser objeto de devoção para o povo do lugar.
          João Mendes (curador) mandou construir o cemitério que passou a servir para enterro de outras crianças mortas nas redondezas e uma capelinha para Anjinho Virgilio.
          Hoje a capelinha foi demolida e a imagem do anjinho transladada para a residência de Geremias Mendes, o qual mandou reformar e pintar a imagem juntamente com a coroa de espinhos. A comunidade pretende construir uma capela em honra do Anjinho Virgilio.

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Cachoeira do Ipanema

          Cachoeira do Ipanema, por sua extensão territorial, está dividida em duas comunidades: Cachoeira do Ipanema e Cachoeira de Cima. No entanto, Cachoeira do Ipanema é a região das cabeceiras do arroio e a parte de baixo é propriamente Cachoeira. A verdadeira Cachoeira do Ipanema teve inicio com a venda dos primeiros povoadores: salvador Teixeira e seu filho Campolim Gravi, seguidos mais tarde de Rafael Cicaro, de origem italiana, e Felício Camargo, que foi o primeiro comerciante e se estabelecer no lugar.
          Foram ainda os primeiros moradores: José Conceição, Francisco Lacerda e, mais tarde, Teodósio Mendes, Construíram eles próprios a primeira escolinha na comunidade, cuja professora foi D. Carolina Torres; também construíram uma capelinha devotada a São Sebastião. Não se tem ao certo quando tudo isso ocorreu, talvez, o inicio tenha sido pelos idos de 1870. A agricultura, a extração de erva-mate e madeira foram os motivos que atraíram todos esses moradores. Em seguida, vieram também Joaquim Ribeiro, Horácio Ribeiro e Augustinho Bosqueto e mais poloneses Miguel Pochek, Leonardo Mika, além de Pedro Buava. A região onde é hoje Cachoeira do Ipanema tomou impulso com a chegada de Sérgio Folador, que logo de inicio instalou ali uma serraria de madeira, tendo com isso atraído o interesse dos demais e a vinda de novos moradores. Mais tarde, ma capelinha de São Sebastião foi transferida para Cachoeira de Baixo, onde se encontra até hoje, motivo pelo qual aquela região passou a chamar-se Cachoeira de Ipanema, sendo Sérgio Folador e Augustinho Bosqueto os autores de tais mudanças. Hoje essa é a única capela que está no município e não pertence a nossa paróquia e sim à Catanduva do Sul.
          Existe na comunidade um cemitério que conta com mais de 100 anos de existência, começando com o sepultamento de uma senhora que foi degolada num sapeco de erva-mate por seu marido, tendo esta criança nos braços. Não havendo cemitério da região, foi a mesma sepultada no lugar onde faleceu, tendo sido construída uma cerca de madeira em volta da sepultura, dando assim origem ao cemitério local. Hoje Cachoeira do Ipanema é uma comunidade bem desenvolvida, tendo uma linda capela de alvenaria, uma boa escola junto da igreja, posto de saúde, casas comerciais e muito boa produção agropastoril, além de existir em Cachoeira de Cima também uma boa escola, posto de saúde, comercio, ambas servidas com energia elétrica e telefone. Na primeira gestão, elegeu-se vereador por Cachoeira do Ipanema o senhor Waldomiro Haas, que foi assassinado em sua propriedade, tendo como suplente de vereador os senhores Júlio Wosniak e Elecir Ribeiro.

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São Gabriel

          A comunidade de São Gabriel originou-se na localidade de Barro Branco, no ano de 1961, com a criação do município de Quitandinha. Porém, a sua historia é bem antiga, visto ali se instalarem os primeiros moradores. Destacaram-se: José da Luz Siqueira, José Francisco de Almeida, Manuel Francisco de Almeida e Ciro Ferreira do Amaral. Uma das primeiras casas construídas foi feita de ripas lascadas de barro (taipa), pertencentes a Ciro do Amaral.
          Ciro era filho de Serafim do Amaral (Serafim Brabo), que tinha outros filhos, entre os quais José Ferreira do Amaral (Juca). Conta-se que os filhos de Ciro Amaral, que residiam em Barro Branco, estudavam na cidade da Lapa e faziam o trajeto de 30 km no lombo de cavalos.
          O lugarejo foi crescendo ainda com o nome de Barro Branco, com achegada de novos moradores e com descendentes dos primeiros. Logo no inicio do povoamento, a comunidade tinha uma capelinha devotada a São Sebastião, que era festejada em 20 de janeiro. A família de Ciro de Amaral possuía uma imagem de São Gabriel que era venerada por todos e daí nasceu o nome do lugar. Os filhos dos moradores mais pobres estudavam numa escolhinha em Ribeirão Vermelho, à distância de 8 quilômetros, sendo o primeiro professor João Tareczeski e, mais tarde, Ana Corrêa.
          Alguns filhos de moradores estudavam numa escolinha situada em Lagoa Verde. Algumas décadas mais tarde, surgiram outros moradores, entre os quais Marinho de Almeida Prado, que contribuiu com seu trabalho para o desenvolvimento do lugar, tendo exercido as funções de professor particular, inspetor de quarteirão e primeiro comerciante da comunidade. Conta-se ainda que Marinho Prado chegou a construir uma ponte sobre o Rio da Várzea, ligando São Gabriel e Areia Branca, nas proximidades de Praia Grande.
          Quando ainda o povoado pertencia ao município e Rio Negro, foi criada ali a primeira escolinha pública, sendo professora, D. Idawina Weis Prado, a qual lecionou na comunidade por mais de 30 anos. A capelinha de São Sebastião abrigou por longo tempo a imagem de São Gabriel, não mais existindo na data de hoje. A escola de São Gabriel foi refeita já com a criação do município de Quitandinha, pelo prefeito Eleutério de Andrade. Atualmente construída em alvenaria pelo prefeito João Santana Pinto, em duas salas de aula e demais dependências.
          Hoje a comunidade já construiu uma capela de alvenaria devotada a Nossa Senhora Aparecida, havendo casas de comercio e grande produção agropecuária. Destacam-se na comunidade Anibal Siqueira de Almeida, que foi inspetor de quarteirão, João Maria Prado, vereador por cinco legislaturas e Anibal de Almeida (Anibinha), que também foi vereador.

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Lagoa Verde

Chamado quarteirão da Lagoa Verde teve seu começo lá pelos anos de 1860 com a vinda dos primeiros moradores: Cândido da Silveira, Domingos do Vale, Teodoro Ferreira, mais tarde Maneco Branco. Estes sem dúvida foram desbravadores que, vindo à procura de melhores condições de vida, adentraram os sertões desta região, adquiriram as primeiras glebas e ale instalaram suas propriedades. Suas lutas e trabalhos foram tão proveitosos que ainda hoje se encontraram ali seus descendentes e suas tradições.
          O nome do lugar, Lagoa Verde, vem de uma lagoa nas proximidades da casa do senhor Emídio Bueno, cujas águas refletem até hoje uma cor esverdeada, oriunda da vegetação ai existente.
          Mais tarde, outras famílias integraram o contingente, entre elas: Taborda, Siqueira, Lecz, Resner, Alves, Czek, Soares, Gadonski, Smokovivicz, Ribeiro, Tokarski, Leal...
          Logo no inicio do povoamento, os moradores organizaram a primeira escolinha na comunidade, sendo mestres: professor Julinho e dona Lola.
          Os moradores eram muito devotos. Valendo-se da religiosidade popular, praticavam as recomendações da Quaresma, que consistiam em bater uma matraca em frente das casas da vizinhança, onde geralmente existia uma cruz fincada: ali as rezas eram cantadas “Deus te salve cruz bendita” e as devoções da chamada “Bandeira do Divino”, acompanhada de toques de viola, bandeiras, a imagem  de Divino e tambores.
          Como frutos dessa religiosidade, foram surgindo grupos de devotos, os quais construíram três capelinhas na comunidade: uma devota ao espírito santo, dirigida pelas famílias Taborda e Silveira; outra devotada a São Sebastião, dirigida pela família de José de Matos, e uma capelinha devotada a Nossa Senhora, dirigida por Antonio Rodrigues da Fonseca. Hoje todos os descendentes dessas famílias se organizaram e construíram sob a orientação do padre vigário uma só capela para toda a comunidade, construída de alvenaria e muito bem zelada. A escola local, hoje construída de alvenaria e mantida pela prefeitura municipal, é uma das boas escolas do município, dirigida e orientada por professores estaduais e municipais, destacando-se a atuação da professora Izabel Alves da Rocha, que se aposentou com de 30 anos de serviço na comunidade. Conta-se que a primeira casa de comercio de Lagoa verde pertenceu a um tal de senhor Bonato, passando depois de Dino Paolini. Dentre as famílias que se distinguiram na comunidade temos: senhor germano Czek, o qual exerceu as funções de delegado de policia e um de seus filhos, Aristides Leopoldo Czek, que integrou a Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial como terceiro sargento, e Henrique Germano Czek, que foi vereador na primeira legislatura do município de Quitandinha; também o vereador Benedito Alves Ribeiro, o suplente João Maria Ferreira do vale e o vereador Aloísio Ribeiro.
          Fazem parte da Lagoa verde, a escola Sant’ Ana da localidade de Salso e a escola de Lagoa Verde II, dirigida há 30 anos pela professora Genoveva Lechinoski. A população vive da agricultura, particularmente de fumo em folha, e é a maior produtora de frango de corte do município.

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Rio Vermelhinho

          Pesquisando, constata-se que a localidade de Rio Vermelhinho teve sua origem com a vinda de José Calizário, de alcunha “Juca Calizário” que, vindo da região da Lapa no ano de 1870, requereu uma posse de terras na região situada às margens do arroio denominado Vermelhinho, que mais tarde serviu de divisa para os municípios da Lapa e Rio Negro. Com o advento de Juca Calizário, outros moradores chegaram, não tendo, no entanto, os seus nomes. Juca Calizário tinha um filho adotivo de nome de Antonio Calizário Neto, vulgarmente conhecido como Antonio Branda, o qual dirigia os negócios de seu pai adotivo. As razões do povoamento da comunidade foram sempre a fertilidade das terras e a abundância de erva-mate. Contando-se que Antonio Neto foi convocado para o serviço militar durante a guerra de 1914 e, para ser feliz durante o seu tempo de serviço militar, fez uma promessa, uma devoção chamada alvorada que consistia em formar procissões com os vizinhos e sair pelas casas rezando e cantando com bandeiras e tambores.
          Durante vários anos Antonio Calizário promoveu as tais alvoradas, chegando a servir café com bolo de farinha de milho para todos os participantes. Dessas tais alvoradas, surgiu no lugar uma capela devotada a São João Batista. A capela de São João Batista era visitada pelo padre Lamartine Correa de Miranda, que vinha da Lapa montado no lombo de animais. Pelo que se deduz, em lugar dessa capela, deve ter sido construída a primeira escolinha do lugar, sendo professor José Francisco Sampaio, que lecionava para os filhos dos moradores, sendo pago por estes. No ano de 1942, Antonio Calizário foi pessoalmente falar com o interventor Manuel Ribas, com o qual conseguiu a primeira escola publica para o lugar, sendo professor dona Leonor Arruda. A primeira casa de comercio da localidade pertenceu a Candoca Ribas e foi instalada na chamada Casa Branca. O povo de Rio Vermelhinho era criativo e gostava de “folclore” local com musicas e danças até hoje conhecidas como A Miserável, o Xote Canhoto, Salão Dourado, A Andarilha e o fandango de São Gonçalo. O nome Rio Vermelhinho originou-se na cor da água do arroio que nascia na chamada Pedra Vermelha junto a Serra do Campo Novo. Antonio Calizário Neto foi um líder da comunidade, sendo procurado por autoridades. Foi hospedeiro de padres e bispos que visitavam a capela local. Dirigiu com a família e vizinhos, por longos anos, as festam e acontecimentos religiosos da comunidade, tendo sido por longo tempo autoridade policial.
          A produção da comunidade como subsistência das famílias vem das terras férteis e produtivas, colhendo-se milho, feijão, batata, cebola e fumo.
          Constituem a comunidade as famílias: Calizário, Silva, Ribas, Carneiro, Mesquita, Senn, Machado, Preisler, Barros, Lourenço, Lechinoski e outras.
          A comunidade é servida por escolas, capela – de alvenaria – energia elétrica, telefone, linha de ônibus e comercio.

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Rio do Poço e Praia Grande

          Conheci a comunidade de Rio do Poço e Praia Grande logo após a criação do município de Quitandinha, na gestão do prefeito José Steffel Filho, quando eu era secretario da prefeitura e me foi solicitado proceder à abertura de uma estrada, de Praia Grande à localidade de Reis e, na mesma época, construí uma escolinha em Rio do Poço.
          Conheci nessa ocasião, o senhor Aleixo Belniak, o qual solicitou a nomeação de duas filhas suas para o cargo de professoras: uma que ficou em Rio do Poço e outra que foi para uma escolinha dos Reis.
          Conheci nessa época as famílias: Deda Belniak, Bochenek, Trajanosli e Fabienski, além de outras. Decorridos 22 anos, me foi solicitando reconstruir a referida escola, que já estava em estado precário.
          Assim, em meu mandato de prefeito, foi construída uma linda escola de alvenaria, além de estradas, bueiros e pontes.
          Sem duvida, Rio do Poço deve ter um passado que marque uma historia mais antiga que não chegou ao nosso conhecimento.




Moto Clube do Matão - Rio do Poço
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Turvo

          A comunidade de Turvo teve sua origem com a vinda da família Ferreira, entre os quais José Ferreira e Luiz Ferreira, que deram início à povoação do lugar. A historia não conta muita coisa, até certo período, quando outras famílias foram se instalando e aumentando o povoamento. Vieram mais tarde as famílias: Wantun, Riba, Kmieck, Stanisssoski, Ribeiro, Franco e outras. Pelo que se sabe, já em 1940, existia uma escolinha particular na comunidade, cujo professor foi Ceríado Atanásio Pereira. A primeira casa de comercio foi de propriedade de Matias de Melo, passando mais tarde para Alberto Chilinski. O nome do lugar Turvo vem da existência de um pequeno riacho que passa na comunidade, onde, após uma pequena cachoeira as águas ficam turvas, devido, sem duvida, à erosão de terreno ou à cor das pedras da cascata.
          Com o desenvolvimento do lugar e aumento da população, surgiu uma nova escola, sendo professora Maria Kokota. Em virtude de a comunidade de Turvo ficar situada no centro de outras comunidades bem povoadas, foi construída uma escola de grande porte, onde funcionam turmas de 1ª a 4ª séries, juntamente com as 5ª a 8ª séries. As escolas da circunvizinhança foram desativadas e todos os alunos foram transportados para a Escola Consolidada Bom Jesus. Também há na comunidade um mini posto de saúde com assistência medica e de enfermagem para a população. Vêm das lides na agricultura e pequena pecuária, a grande produção de milho, feijão, batata, cebola, suínos e frango.

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Mato Branco

          A localidade de Mato Branco teve seu início de povoamento com a vinda de Joaquim Ribeiro batista, que veio para o lugar acompanhado de trabalhadores, alguns animais e muita vontade de trabalhar.
          Construiu em fins do século passado, uma casa de taipa (ripas e barro), casa que existe até hoje, na qual mais tarde funcionou a primeira casa de comercio do lugar. O progresso apresentado pelo trabalho de Joaquim Ribeiro atraiu rapidamente a vinda de outros moradores que não demoraram a construir uma capelinha devotada ao Divino Espírito Santo e um cemitério onde os primeiros enterros datam de 1906.
          Mais tarde, assumia o comercio do lugar o Sr. Alberto Maracki e posteriormente o Sr. Floriano Nunes Ribeiro. Existiu na comunidade um senhor de nome Bernardo Alves de Souza, que era comprador de gado cuja remessa era transportada a pé até aos centros consumidores.
          Outra curiosidade era a historia da velha Teodora, uma preta velha que residia na comunidade e tinha o hábito de hospedar as pessoas, dando pousada, alimentação e muito carinho a todos os que até ela chegassem. Acolhia as pessoas doentes em sua casa, socorrendo até a morte os que ela recorriam, fazendo inclusive os guardamentos e enterros por conta própria.
          Conta um dos mais antigos moradores que um só ano a velha Teodora fez 21 guardamentos em sua casa. Segundo consta do livro História do Paraná, de Romário Martins, em 1870 foram distribuídos poloneses imigrantes que vieram para Lapa, tendo sido alguns enviados para Mato Branco.
          Entre os poloneses que para lá se deslocaram estão as famílias Wastun, Ryba, Woicikievicz, Barão, Rompawa, Pavelik e outras.
          Em 1964, foi construída a primeira escola pública do lugar, sendo professora a senhora Terezinha Wanroski de Lima. Em 1966, com o evento das missões religiosas que se realizaram na comunidade, foi construída uma nova capela e renovado o cemitério local.
          O nome Mato Branco deve-se ao colorido da folhagem das florestas que, vistas à distancia, refletem uma cor esbranquiçada ao receberem a luz do sol em dias de bom tempo.

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Pinhal

          A comunidade de Pinhal teve esse nome pela abundância de pinheiros existentes no lugar no início de seu povoamento. Conta-nos um antigo morador que a quantidade de pinheiros era tanta que um caçador perseguia um bando de macacos na distancia de três quilômetros, andando o caçador pelo chão e os macacos saltando pelos galhos dos pinheiros sem interromper a corrida.
          Os primeiros moradores da localidade foram: Tomaz Teixeira Colaço, Alfredo de Moura, Francisco Matoso, Jeca Cardoso, Paulo Matoso e Vicente Euzébio de Moura. Calcula-se que a comunidade já conte com mais de 150 de existência. A exploração de erva-mate foi um dos motivos do povoamento no lugar.
          O primeiro comerciante a se estabelecer no lugar foi o senhor João Ribeiro Batista. O primeiro professor particular que lecionou na comunidade foi Juca Pinheiro, sendo que alguns dos filhos dos moradores frequentavam uma escolinha co Campestre, sendo a professora Edvirgem de Tal.
          Na década de 60, o prefeito Eleutério de Andrade construiu a primeira escola publica do lugar, sendo professora Leonor Sétlik.
          São moradores da comunidade as famílias: Taborda, Padilha, Sétlik, Ribeiro, Moura, Vale, Kais e outras.
          Produção local: milho, feijão, batata, cebola, suínos e aves domesticas.
          Hoje, praticamente não existem mais pinheiros na localidade, dizendo os moradores que uma firma de nome Bettega comprou e destruiu todo esse potencial que hoje valeria milhões.




























12 comentários:

  1. meu nome é ricardo paz de moura me respondam no facebook por favor faço parte desta história como descendente dos paz de moura e queria conhecer mais da história de minha familia

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  2. Por favor me ajude meu avô e nascido na lapa e se criou em Quitandinha gostaria de saber a origens e costumes da família PAVELIK como foi quem eram obrigado

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  3. Por favor me ajude meu avô e nascido na lapa e se criou em Quitandinha gostaria de saber a origens e costumes da família PAVELIK como foi quem eram obrigado

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  4. A MAIOR MENTIRA de todos os tempos é dizer que:João Flórido trouxe um casalzinho de alemães Vindo de São Francisco,sendo que eles moravam de São Bento do Sul.Leia São Bento no passado. Para comemorar o aniversário da sociedade, o primeiro domingo de agosto era dedicado sempre à uma reunião festiva, com a presença dos familiares e animados por músicas, danças, e divertimentos variados. Essa sociedade, fundada por Martin Meister, Anton Friedrich e Johann Neumann é tida como a primeira na área colonial de São Bento e durou até julho de 1896.Para comemorar o aniversário da sociedade, o primeiro domingo de agosto era dedicado sempre à uma reunião festiva, com a presença dos familiares e animados por músicas, danças, e divertimentos variados. Essa sociedade, fundada por Martin Meister, Anton Friedrich e Johann Neumann é tida como a primeira na área colonial de São Bento e durou até julho de 1896, quando, por motivos políticos, as atividades da organização cessaram.

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    1. por gentileza, caso vc saiba sobre campestre dos paula eu gostaria de saber sobre o meu avô PEDRO FABRICIO DE PAULA

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    2. por gentileza, caso vc saiba sobre campestre dos paula eu gostaria de saber sobre o meu avô PEDRO FABRICIO DE PAULA

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  5. gostaria mais de saber as origens da minha familia por parte do meu pai, antonio divanir veira, seu pai era joao marcos vieira, eminha vo porcina vieira, eles vivian na localidade do turvo, nao direito , eu nasci em cerro verde, mais aos quatro anos fomos viver em curitiba, e atualmente a mais de vinte anos moro na espanha na localidade de figueres municipio de girona,meu ja e falecido, gostaria de saber mais da familia do mue pai, perdemos o contato com eles ja faz muito tempo

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  6. Carlos Alberto Rodrigues Resner13/08/2017, 06:40

    Meu nome é Carlos Alberto Rodrigues Resner, sou descende da Familia Resner tudo que eu sei que meu avo se chamava Adão Resner e Minha Avo Julia Donk Resner gostaria de saber noticias , pois meu pai esta no MS a muito anos, ele imigrou para MS para Abrir fazendas na epoca e perdeu contato com familiares qualquer duvida estou a disposição 11 2063 6747 11 94698 2302

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  7. Parabéns pela coletânea de informações históricas. Importante esse trabalho ...
    Agradeço muito! Sou geógrafa e trabalho com a atualização da toponímia dos municípios paranaenses e foi de grande valia achar esse blog.
    Att

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  8. Minha familha è muito mais antigas do que varia pessoas mencionadas neste libro.
    Invece mi ha familha nem se fala....Que ipocrisia

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Martin e Guilhermina Meister são meus tetra avós. Moavam em São Bento do Sul - SC antes de morar em Quitandinha. Ele foi um dos fundadores da Comunidade Dona Francisca e também exercia a função de escrivão em São Bento do Sul. Gostaria muito de localizar o óbito de sua esposa Guilhermina, se alguém souber me envia por gentileza, jessicaferrary@gmail.com

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