“Memória do passado é herança a agradecer, a conservar e a valorizar”

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CAPELA SÃO JOÃO BATISTA


CAPELA SÃO JOÃO BATISTA  
CAVALHEIROS - DOCE GRANDE - QUITANDINHA - PR

 
 





Os moradores mais antigos relatam que esta capela, no Início de Doce Grande, era onde é o Cemitério e atrás dela enterravam os mortos. A população queria fazer festas ao padroeiro, mas por haver parentes enterrados ali, achavam inconveniente. Portanto, surgiu a ideia de mudar a capela, onde atualmente se encontra. Porém, na época, alguns moradores que não pertenciam à família Cavalheiro, não gostaram da ideia e devido alguns conflitos entre famílias não participavam das celebrações.
Por volta de 1935 algumas famílias reuniram-se para construir outra capela, em outro local, que tivesse melhor acesso. Assim, os moradores da região se mobilizaram, fazendo doações de pinheiro e outros materiais para a construção. O problema foi na escolha do padroeiro, pois os cavalheiros não aceitavam a retirada da capela de suas terras e nem a mudança do padroeiro de Doce Grande, São João Batista, mas como há uma outra capela, também deveria ter o seu. Então, deu-se o nome de Capela da Imaculada Conceição Aparecida.
Em 1956 foi restaurada e reformada a capela Imaculada Conceição.
No ano de 1961 a 1984, época em que Mons. Miguel era pároco, “fechou” a capelinha de São João Batista, trazendo os Cavalheiros para esta, queria ele reunir e unir as tradicionais famílias de Doce Grande na capela maior. A Capela de São João Batista ficou fechada por mais de 20 anos, era apenas conservada pela família Cavalheiro.
Em 1984, assume como novo pároco Pe. Aleixo Kochinski, esse reabriu a capela de São João, assim todos os domingos eram feitas as celebrações da palavra nas duas, as missas eram celebradas uma vez ao mês na Imaculada Conceição e uma vez ao ano em São João Batista, nesta última, geralmente no dia do padroeiro (24 de Junho).
No ano de 2005, surgiu a ideia de uma melhoria na capela São João Batista, mas devido às condições financeiras, isso era quase impossível. Porém, por iniciativa de Rogério da Silva Rocha, também pertencente à família Cavalheiro, não em sobrenome, mas sim genealógico, abraçou a causa e resolveu pedir doações às famílias locais, conseguindo pinheiros, o corte da madeira, frete até a serraria e dinheiro para os custos. Então, foi retirada a parte da frente, ou seja, a parede sendo dupla, retirou-se a de fora e foi desmanchado totalmente a torre e área. Para que não perdesse o seu estilo original, fora feito semelhante.


Qto a coruja da foto, contou-me um amigo que a mesma já é vista no local a mais de 20 anos.

FONTE: Texto= Rogério Rocha, a quem agradeço pela atenção recebida.
       Fotos foi eu que tirei mes passado.