“Memória do passado é herança a agradecer, a conservar e a valorizar”

sábado, 30 de junho de 2012

“Memória do passado é herança a agradecer, a conservar e a valorizar”





ACELINO RIBAS PINTO - Pharmaceutico



Este Sr foi o primeiro Dr em medicina em Quitandinha... 






Mauricio Fruet 



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Capela do Mato Branco




Eu, Falecido Pacheco com Irene no colo, Tereza filha do Pacheco, Falecida Licinha e o Joãozinho

Godofredo, Jango e Valêncio Cavalheiro
                                          
Familia Cavalheiro - Doce Grande

Capitão Eduardo Cavalheiro

Moacir Paulini, Olivio Kemp, Estanislau Socek



Dona Didi Paulini























Ponte na Pr 2  (Rio da Varzea) ainda hoje pode ser visto vestígios dela na Br 116 


Tio Raimundo - Década de 60

           Tio Darci -  em São Bento do Sul - SC
 Tio Darci -  em São Bento do Sul - SC o do meio é o Tio Nene
                                          
Desfile Cívico Escolar - Década de 60 - Prefeito  José Steffel Filho fazendo parte do cortejo
          Cargas de Linho - Miguél Recherzaki e José Steffel Filho 

Zézo, Pai, Mãe,Tere, Hernando e Sirle
Foto

Mãe com a Irene no colo. Perto e atraz do Joelho do Pai to eu escondido.
1ª Casa de comércio em Doce Grande (venda) propriedade de Avelino Ribas da Cruz.
             Jorge Ribas da Cruz


                                                 Regina Socek

Destacando o Sr Lidio Vargenski



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Distrito sede do município de Quitandinha Areia Branca





Criado em 14 de novembro de 1951.
Instalado em 20 de outubro de 1954.

          1° cartório: escrivão – Sr José Ribas de Oliveira
Delegado de Polícia: José Kochnoski
Juiz de paz: Cezar Paolini
          1° registro de nascimento: Josefa Skraba, 8 de março de 1954, filha legítima de João Skraba e Celestina Skraba.
          1° óbito: Orlando Leal dos Santos, 21 de novembro de 1954, filho de Benedito Leal dos Santos e Benedita Leal dos Santos.
          1° Casamento: Albino Frederico Veríssimo Nehls e Maria Helena Jordam de Carvalho.
          1° escritura pública: Francisco Lechnoski – vendedor, José Selicinak – comprador.
Em 3 de dezembro de 1954
          1° procuração: Adolfo de Jesus Moura para Antonio José Pinheiro.
Fundada a paróquia do Senhor Bom Jesus de Areia Branca, vieram então os primeiros trabalhos para o novo vigário.
          1° batizado: em 29 de junho de 1941, dia da fundação da paróquia, foi batizada Leonora, nascida a 21 de junho de 1941, filha de Pedro Lesniovski e Joana Lesniovski. Foram padrinhos: Antonio Mazur e Floriana Lesniovski.
          1° casamento: em 2 de junho de 1941, realizou-se o primeiro matrimônio da paróquia, sendo nubentes Antônio Cardoso da Cruz e Antônia Fernandes da Silva.

Etnia


Etnia

          A população do município de Quitandinha é composta de um variado elenco de raças, sendo a maioria de origem polonesa oriundos de diversas regiões, sendo que a maioria vinha da região da Lapa e Araucária.
          O segundo maior grupo de moradores é de origem portuguesa, vindo a maioria da região da Lapa
          O livro História do Paraná de Romário Martins, em sua página 291, faz referência à distribuição de imigrantes poloneses vindos para a Lapa e de lá eram distribuídos para diversos lugares do município, incluindo-se entre estes Ribeirão Vermelho, Mato Branco e Campestre, em 1878. É por nós conhecido grande número de poloneses existentes até hoje nessas três comunidades.
          A primeira leva de alemães que habitou nosso município veio para Doce Grande ainda no século passado. Trata-se do casal Martim e Guilhermina Meister, que desembarcando de um navio em São Francisco do sul, foram trazidos para Doce Grande em tropas de cargueiros. Ali se instalaram e se multiplicaram de maneira espantosa. Eram seus filhos: Marta, casada com Pedro Batista; Ema, casada com Eduardo Cavalheiro; Sofia, casada com João de Paula Santana; Anna, casada com Moisés Pires; Ernesto, casado com Sofia Pires e Hilda, casada com Valencio cavalheiro.
          Existem ainda em Doce Grande descendentes de escravos pertencentes à família Mandú (José Bento Mandú e Norberto Bento Mandú), e à família Honório (Francisco Honório, vulgarmente conhecido por Chico Honório, e sua esposa).
          De origem italiana poucos foram os que vieram para Quitandinha, destacando-se a família Paolini.
          De origem turca veio para Doce Grande a família Faráh, da qual existem alguns descendentes em nossa cidade.
          Surgiu em Quitandinha, pelo anos de 1960, a única família de japoneses da região de Araucária, da família Karazawa, cujo progenitor é o senhor BUNRY KARAZAWA.
          São descendentes de poloneses em Doce Grande, vindos no ano de 1900, as famílias Piontkieviz, Wielevski, Sura, Knopk, Busch e Foreski.
          Pertencem à família Brancos: Surek, Chullis, Dudeck, Elbec e Tokarski.
          Diferentes regiões do município receberam diversas famílias:
          Campina e Anta Magra: Obzut, Kérico e Skraba.
          Doce Fino: Ossovski, Tschosk e Klisievicz.
          Ribeirão Vermelho: Wosniak, Karpinski, Figura, Resner, Moll, Mankarz, Dubiela, Kogeratski, Czelusniak, Gadonski, Hitner, e Perciak.
          Rio Vermelhinho: Senn, Lechnoski e Preisler.
          Lagoa Verde: Smokovicz, Tokarski, Reaner, Denke, Lecz, Czek e Gadonski.
          São Gabriel: Rogoski e Suerzoski
          Reis: Strugala, Krezuzanosvski, Deda e Wosniak.
          Cachoeira do Ipanema: Patrczyk, Mika, Laska, Orchel, Skraba, Knopik, , Boron, Wergenski, Dudek, Mazur, Kais e Marcovicz.
          Água Clara: Liebel e Kobus.
          Campestre: Machoski, Yanoski, Wergenski, Durau, Kureki, Woicikievicz e Wantum.
          Quicé dos Alves: Paluski, Kosiski e Ossovski.
          Pangaré: Lenartovicz, Peça, Yes, Kika, Kogeratski,Zesutko e Dranka.










Símbolos da Fé.




          Existe na zona urbana de Quitandinha, próximo ao cemitério local, um bairro chamado Belém, cuja história merece ser escrita e lida por todos. Há mais de cem anos existia ali uma senhora que estava grávida. Tendo consultado uma vidente cigana, foi-lhe dito que ela iria morrer no parto juntamente com o filho.
          A mãe fez uma promessa de que, se fosse feliz no parto, iria batizar a criança na igreja de Nossa Senhora do Belém, em Guarapuava.
          Como durante o parto correu sem anormalidades e foram felizes mãe e filha, a mãe levou a criança, por picadas e carreiros até a cidade de Guarapuava e lá batizou a menina que levou o nome de MARIA DO BELÉM. Esta criança se tornou adulta e constituiu ali uma família numerosa no lugar onde nasceu que passou a ser Belém, nome que conserva até hoje.
          Prometemos, ao escrever este livro, que não publicaríamos nada que não fosse verdade. Existem, ainda hoje, na região, muitos descendentes da família Belém, que podem confirmar o que escrevemos.
Também passou por essa região o profeta João Maria, cuja história é conhecida pelos mais antigos. Em Doce Fino, há mais de 60 anos, todos conheciam um cruzeiro fincado à beira de um riozinho, cheio de fitas e velas deixadas por pessoas que acreditavam ser João Maria um milagreiro.






         

         


















Curiosidades Históricas


Curiosidades Históricas

          Quando contamos a história da comunidade de Reis contamos também a historinha do Cemitério do Anjinho Virgílio.
          Idêntico fato ocorreu com o Cemitério da Cachoeira do Ipanema, que se deu pelo assassinato de uma mulher numa sapequeira de erva-mate.
          Em Passo Isidoro, em Campinas dos Pretos, ocorreu a história do cemitério desativado, onde jaz o corpo de um herói da Revolução de 1894.
          Também AM Lagoa Verde, em frente da Casa Velha que serviu de sede para a fazenda Sant’ Ana do Herval, existem três pedras colocadas em forma de triângulo onde se diz ter sido sepultado um ex-escravo que, também na Revolução de 1894, não quis revelar o paradeiro de seu amo (patrão). Foi degolado pelos soldados adversários e seus ossos transladados para o cemitério de Areia Branca, mas, sua sepultura está, até hoje, protegida pelas pedras.


A implantação do município


A implantação do município

          Foi bastante difícil a arrancada para que o município funcionasse. Não existia um prédio para a instalação da prefeitura, nem existiam móveis, nem máquina de escrever ou calcular. Para falar a verdade, não existia nem lápis para as primeiras anotações.
          Porém, o prefeito eleito, Eleutério Ricardo de Andrade, tinha um tio que era suplente de deputado e mais tarde veio a ser deputado o Sr. João Leopoldo Jacomél, o qual tinha muita influencia junto ao governador Ney Braga, que conseguiu uma verba de quinhentos mil cruzeiros para que o prefeito pudesse efetuar a instalação do município. De início, a prefeitura funcionou dentro de um posto de gasolina de proprietário do Sr. Francisco Lechinoski, e a Câmara funcionou numa sala na casa do Sr. José Mika.
          Decorridos os primeiros quatro anos de funcionamento, com a eleição de um novo prefeito, Sr. José Steffel Filho, a prefeitura foi transferida para duas peças da residência da Sr. Cecília Rocha Steffel e a Câmara Municipal foi transferida para a varanda da casa do Sr. Francisco Scocek, que era na época vereador e presidente da Câmara Municipal.
          Também o serviço de energia elétrica da cidade era dos mais precários, havendo apenas um gerador elétrico, movido a óleo diesel, que funcionava das 7 horas às 11 horas da noite.
          Existia na cidade e no município apenas o ensino de primeira à quarta série primária, ministrado numa escolinha velha na sede do município, com apenas uma sala de aula.
          No ano de 1965, o prefeito Eleutério Ricardo de Andrade deu início à construção de uma nova escola para a cidade, com três salas de aula e demais dependências, cuja obra foi concluída e instalada oficialmente no ano de 1966 pelo prefeito José Steffel, com o nome de Grupo Escolar “Eleutério Fernandes de Andrade”.
          OBS.- Essa escola hoje está com 13 salas de aula, funcionando em 3 turnos, com ensino de primeiro e segundos graus.
          No mandato do prefeito José Steffel Filho, o município teve um bom impulso, sendo que, além do grupo escolar, foi construída e inaugurada, pelo Departamento de Energia Elétrica do Paraná, a extensão da rede elétrica de Campo do Tenente a Quitandinha, numa distância de 23 km, sem que a população tivesse um centavo de despesa. Também nessa época, na gestão de José Steffel, foi construído o prédio próprio para a prefeitura municipal, além do primeiro posto de saúde para o município.


Areia Branca


Areia Branca
do livro de história do Estado do Paraná, com ortografia da época


          Areia Branca é o florescente e pitoresco distrito policial do Município da Lapa, cujas terras são de maravilhosa fertilidade, ricas dos melhores hervaes reputados de grande rendimento e de excelente qualidade.
          Na sede do distrito a bella Egreja do Bom Jesus reúne os fiéis, no amor e na religião de Deus. A construção desse templo deve-se essencialmente aos esforços do Sr. Tte. Eleutério F. de Andrade e foi em 1917. Areia Branca dista 60, 33  e 42 km., de Curityba, Lapa e Araucária, respectivamente. Todo progresso desse recanto está vinculado indissoluvelmente ao nome do saudoso Capitão Serafim de Oliveira e Silva, republicano puro e patriota fervoroso, Pae do Cel. José Ferreira do Amaral e Silva, proprietário da Fazenda Sant’ Ana do Herval a principal fazendo de Areia Branca, de que é um grande benemérito. No Rio da Várzea há uma bella e sólida ponte de imbúia, mandada construir pelo Governo do Estado, quando Presidente o Dr. Afonso A. de Camargo.
          Na sede do distrito há três casas comerciais das quaes a maior e mais sortida é a do Sr. Tte. Eleutério F. de Andrade, que é também proprietário da Serraria Bom Jesus, movida a força hydraulica.
          O clima de Areia Branca á ameno, e laborioso e trabalhador o seu povo.

Os primórdios de Quitandinha.


Os primórdios de Quitandinha.

          Havia um caminho que de Curitiba, passando por São José e pelos campos de Ambrósio, descia a Serra do Mar e atingia a região de São Francisco, conhecido por caminho de Ambrósio ou dos Ambrósios.
          Já há algum tempo o governo desejava abrir um outro caminho, que ligasse os campos de Curitiba com o Rio Grande de São Pedro. Saindo do Morro dos Conventos (Araranguá) no dia 11 de fevereiro de 1728, o sargento-mor, Francisco de Souza e Faria, chegou nos Campos Gerais em 8 de setembro de 1730, abrindo o caminho entre o sul e os campos da vila de Curitiba. O motivo da demora foi que ele estava mais interessado em encontrar ouro, baseado em mapa e roteiro de Zacarias Dias Cortes que levava.
          Cristovão Pereira de Abreu nasceu em 1680 em Ponte de Lima e veio jovem para o Brasil. Desde 1702 já negociava com couros na Colônia do Sacramento. Em 1722 passou a exercer também a atividade de tropeiro, conduzindo gado em pé e cavalhadas do pampa para Laguna. Talvez sabendo de abertura de caminho, saiu da Colônia do Sacramento com 800 cavalgaduras suas, entre cavalos e bestas muares, e chegou a Araranguá no fim de outubro de 1731 e passando à parte do norte achou várias pessoas com grande número de animais para entrarem no caminho aberto por Souza Faria, mas nenhum se animava a enfrentá-lo, entre outros motivos por vozes que corriam de haver gentio dos padres em cima da serra, e então resolveu em pessoa examinar, levando consigo três pessoas e chegando acima demorou dois dias sem ver mais que campos e gados; voltando da diligência deixou a tropa da banda do norte e passou a Santos e São Paulo a falar com o governador da capitania e buscar novas providências de gente, armas, ferramentas e munições, e voltou a Araranguá e entrou com um piloto e sessenta e tantas pessoas para melhorar o caminho, e feita essa diligência mandou marchar as tropas, com perto de 3000 cavalgaduras, 130 pessoas, e colheu perto de 500 vacas nos campos de cima da serra e, fazendo estivas, canoas, pontes, após treze meses da sua diligência, chegou aos campos da Vila de Curitiba (em novembro de 1732), dizendo que após o que ele fizera, gastando os ditos treze meses, em menos de um mês escoteira se poderia passar. Esta foi a primeira tropa que abriu o ciclo do tropeirismo, que por mais de cento e cinquenta anos foi o motivo de progresso dos Campos Gerais. Cristóvão também abriu uma ligação entre os campo dos Curitibanos e Santo Antônio da Patrulha, evitando o itinerário pelo Morro dos Conventos. O caminho passava pelo Campo do Tenente e não por Quitandinha.
          O município de Quitandinha está localizado entre os dois caminhos, sem dúvida, os seus primeiros povoadores provieram da região da Lapa, cidade ou núcleo populacional mais próximo, tanto via terrestre como fluvial pelo rio da Várzea.
          Sabe-se que a Câmara Municipal da Vila Príncipe solicitou a abertura de um caminho que ligasse aquele povoado à região de Areia Branca.
          Conta a historiadora Selene do Amaral Di Lenna Esperandio, neta de Serafim Brabo, em seu livro Quem Somos?(pág.n°14), que seu avô comprou, no quarteirão do Bairro Branco, uma pequena propriedade que denominou São Gabriel e, aos poucos, foi comprando outras áreas, totalizando 500 alqueires.
          Serafim Ferreira de Oliveira e Silva, alcunhado de Serafim Brabo, comprou, em 1889, a fazenda Sant’ Ana do Herval e ali fundou um engenho de beneficiamento de erva-mate (esta é a casa velha da Lagoa Verde).
          Serafim Brabo trabalhou com afinco na construção de estradas ligando Areia Branca a Curitiba. Paralelamente, serafim Brabo construiu, com verbas imperiais, estradas que ligaram Lapa, Ponte Nova, Ribeirão Vermelho, Rio dos Patos. Serafim Brabo era o pai de Juca Amaral, Vítor Ferreira do Amaral e Otávio Ferreira do Amaral, cidadãos de destaque na política paranaense. Em l880, foi feito a pedido de Serafim Brabo, o primeiro alistamento eleitoral em Areia Branca. Eram considerados eleitores quem possuísse renda superior a duzentos mil réis. Poderia ser candidato eletivo quem tivesse renda comprovada a quatrocentos mil réis.
          O Capitão Serafim Ferreira de Oliveira e Silva, também conhecido por Serafim Brabo, foi proprietário de terras na região conforme vemos nos livros do cadastro de terras referentes ao artigo 100 e seguintes do Decreto n°1 de 8 de abril de 1893. Assim, possuía na Lapa o imóvel Sant’ Ana do Herval, bairro da Lagoa Verde, com 80 alqueires cultivados com erva-mate e 60 alqueires incultos contendo casa, engenho de soque de erva mate, mangueiras, potreiros e lavouras, banhado pelos rio da Várzea, ribeirão do Engenho e Salso, servindo pelo caminho que ia para a Areia Branca e Curitiba, distante nove léguas desta ultima. Entre suas confrontações encontramos: rio da Várgea; ribeirão do Engenho; Estilhano José da Rocha; Manuel Domingues de Matos e seus herdeiros; João de Deus Rocha; ribeirão do monjolo do mesmo Rocha; ribeirão do tanque de Manuel de Matos; ribeirão Salso. Serafim possuía também o imóvel São Gabriel, bairro do Barro Branco, com 150 alqueires cultivados de erva mate e 30 incultos, contendo casas, mangueiras, potreiros, etc., banhado pelos rio Da Várzea, Pocinho e outros, servindo pela estrada que ia do barro Branco para Areia Branca e Cerro Verde, distante 10 léguas de Curitiba. Entre suas confrontações encontramos: ribeirão do moinho; rio da Várzea; herdeiros de Francisco Xavier da Silveira; Pedro Ferreira; Francisco Batista; córrego da Marreca; José Francisco de Siqueira; João Stinglin; os Ribeiros; Antônio Cordeiro; herdeiros de Manuel Marinho; herdeiros de Joaquim Sant’ Ana; Miguel Ribeiro do Vale; Sebastião Ferreira; ribeirão da Pedra Vermelha; ribeirão do monjolo de João Saldanha; arroio Passo-ruim; Manuel Domingues de Matos e seus herdeiros; Antônio Soares Fragoso; Gertrudes Ferreira de Jesus; sanga do paiol da mesma; João Francisco de Siqueira; Pedro dos Santos.
          O Decreto Estadual n° 243 de 2 de julho de 1902 criou o termo Lapa um distrito policial com a denominação Areia Branca, fixando também seus limites, que foram ratificados depois pelo Decreto n° 281 de 8 de agosto de 1902.

Município de Quitandinha – Histórico


Município de Quitandinha – Histórico

          O nome primitivo de Quitandinha era Areia Branca. Através de pesquisas realizadas com antigos moradores da região, chegou-se à conclusão de que, quando tudo por aqui era sertão, uma família denominada Pretos, entre os quais Carolina Preto, viajando com rudes canoas, subiu o rio da Várzea e adquiriu uma área de terras, à margem direita do referido rio, onde fixou residência.
          Sua área de terras tinha como linha divisória o chamado Arroio da Campina, hoje próximo  à funerária Santa Rita.
          Em seguida outra família, desta vez a família Branco subindo também o rio da Várzea, estabeleceu-se com seus pertences à margem direita do mesmo rio, tendo como linha divisória o Arroio do Turvo, hoje próximo ao poço artesiano que fornece água à nossa cidade.
          Vindo mais tarde Bento dias de Morais à procura de terras, verificou que entre os arroios da Campina e do Turvo existia uma área de terras desocupada, justamente onde se situa hoje a cede do Município de Quitandinha. Bento Dias de Morais adquiriu para si essa área de terras onde construiu sua morada. Sabe-se através dos moradores mais antigos que o quinhão adquirido por Bento Dias de Morais era de 560 alqueires e que se situava entre o rio da Várzea e o rio Caí, hoje divisa com Mandirituba. Não se tem uma data certa para esses acontecimentos, porém se deduz que datam dos meados do século dezenove (1850).
          Com a vinda destes primeiros, outras pessoas foram se instalando nessa região, formando-se assim o primeiro reduto de moradores. A localidade tomou o nome de Areia Branca em razão da cor cristalina das areias deixadas nas margens do rio, por ocasião das cheias.
          Examinando os registros de terras da freguesia de Santo Antonio da Lapa, motivados pela Lei n° 601 de 18 de março de 1850, regulamentada pelo Decreto n°318 de 30 de janeiro de 1854, esclareceram-se um pouco mais as informações de oitiva.
          O Bento encontrado foi Bento Pereira da Silva, que cadastrou em 7 de maio de 1856, no lugar Areia Branca um mato de planta cuja extensão seria de meia légua pouco mais ou menos, este mato achava-se dividindo, a saber,pelo ribeirão do Turvo até certa altura com Delfino de Tal, depois por outro lado por paus em pé e cruz em ditos, com Manuel Branco e com Gregório José da Silva, por outro lado também por paus em pé com Máximo Rodrigues, até uns braços da Areia Branca e até fazer barra na Areia Branca legítima, com gente de Antônio Preto, cujos nomes ignorava e depois passava a Areia Branca cortando a rumo direito até o rio da Várzea onde se fechava.
          Em declaração de Antônio Preto, feita em 26 de maio de 1856, ele disse que possuía na freguesia de Santo Antônio da Lapa no lugar denominado Areia Branca, um mato de planta cuja extensão seria de uma légua pouco mais ou menos, este mato achava-se dividido, a saber, pela barra da Areia Branca e pelo rio da Várzea acima até o ribeirão da Anta Magra até as cabeceiras e daí a rumo do nascente procurando as águas do Caí e por ele acima até garrar outra vertente que divisava com Maria Custódia e por dita vertente acima até as cabeceiras e daqui sempre por um picadão até outra vertente, arroio abaixo dividindo com Máximo Rodrigues, deste a um picadão e dele ao poente até o primeiro ribeirão em principio declarado e por ele abaixo se fechava todo o terreno já acima referido.
          Manuel Branco cadastrou em 24 de janeiro de 1856 um sítio no lugar Espigão Branco com meia légua de comprido e 100 braças de largo, havido por posse havia 18 anos mais ou menos, dividindo com José dos Santos e Tomé de Lima por picadões, por árvores e por marcos até onde teve princípio.
          Em 28 de maio de 1856, Máximo Rodrigues cadastrou terras de planta na Areia Branca, dividia com Bento Pereira Poe um espigão e com José de Lima por outro espigão a bater em um arroio e com o finado Joaquim Faxineiro por águas, extensão mais ou menos de comprimento 200 braças e de largura 100; declarou que comprara este terreno de João José Bernardo e sua mulher.
          Em 23 de abril de 1856, José Joaquim de Lacerda cadastrou terreno nos dois lados da rio da Várzea. Terreno de matos e ervais e capoeiras do outro lado do rio da Várzea (margem esquerda), encostando aos terrenos de Bento Pereira, no lugar Areia Branca, suas confrontações começavam na barra do ribeirão Taquarova, subia pelo rio da Várzea acima até onde fazia barra o ribeirão do salso, divisando com Bento Pereira até certa altura, ao depois com ele declarante e com Antônio Preto e dessa barra subia pelo Salço acima já divisando com Joaquim Colaço até onde estava uma capoeira do mesmo Colaço, e daí subia um espigão abeirando a capoeira, esta servia de divisa até o canto em cima, e do canto seguindo por um picadão ao mesmo rumo indo entremeando com o mesmo Colaço com paus marcados com cruzes até cair no braço até cair no braço do ribeirão da Taquarova e descendo por ele abaixo já divisando com Felício Gonçalves até onde fazia barra no ribeirão Taquarova e descendo por este abaixo já divisando com Joaquim José de Matos até onde fazia barra no rio da Várzea até a barra de onde teve principio as divisas. E do lado de cá do rio da Várzea (margem direita), começando com estes mesmos terrenos entremeio de um rancho que ele tinha na casa de Bento Pereira, estava um marco, e deste marco subia acima direito a rumo de leste mais ou menos, pelos paus... adiante o espigão e depois subia outro, dando volta sofrandeando outro espigão, a cair na ponta de um banhado donde estava outro marco de cerne e seguia abeirando o banhado ao lado esquerdo a cair no ribeirão da Areia Branca, divisa com o mesmo Bento Pereira, descendo pelo ribeirão da Areia Branca a cair no rio da Várzea, divisando com Antônio Preto e descendo pelo rio abaixo até frontear o marco que estava entre as casas, cujo círculo era de ervais, a extensão do outro lado do rio teria mais ou menos de comprimento dois quartos e meio de légua em quadro.
          Rafael de Oliveira Lopes e Joaquim José de Matos também cadastraram terrenos na Areia Branca.













A morte de um herói


A morte de um herói


I
Nós vivemos neste mundo
Como a luz acesa ao vento
Vivendo entre amigos
Sem saber do pensamento
Que impera em certos homens
De caráter tão violento.
II
Entre homens de caráter
Coração puro e bondoso
Sem máculas e sem vaidades
De sentimento amoroso
Viveu aqui nesta terra
O pobre José Cardoso.
III
Vivendo em grande pobreza
Sofrendo desde menino
Era humilde e caprichoso
Porque Deus lhe dera tino
Viveu até os 20 anos
Na vila do Doce Fino.
IV
Com a idade de 20 anos
Quando então foi convocado
Pro serviço militar
Pra Lapa foi destinado
Obediente como era
Sempre foi um bom soldado
V
Quando foi mobilizado
O Brasil estava em guerra
Lá se foi ele pra Europa
Defender a nossa terra
Transpondo vale e montanha
Do alto mar até a serra
VI
Lá na Itália o Cardosinho
Manejou o seu fuzil
Mostrando pro mundo inteiro
A sua fibra viril
E a própria vida arriscando
Em defesa do Brasil.
VII
No além-mar José Cardoso
Soube honrar a nossa historia
Mostrando aos brasileiros
Todo honra e toda glória
E trazendo no fuzil
O emblema da vitória.
VIII
Chegando aqui no Brasil
 No seu rancho foi morar
 Continuando a velha luta
Começou a trabalhar
Até que um certo dia
Resolveu enfim casar.
IX
Já passados muitos anos
 Quando era pai de família
Tinha ele muitos filhos
Nem sabe que estrada trilha
Tinha neurose de guerra
No qual o sofrer se empilha
X
A pobreza tomou conta
Da família e do seu lar
Seu ranchinho enfumaçado
Já preste a desabar
Porém o pobre coitado
Continuava a trabalhar.
XI
Ninguém mais o conhecia
Ninguém mais o dava atenção
Recorreu aos seus direitos
Com os chefes da nação
Pois era expedicionário
Mais só reclamou em vão
XII
Um dia José Cardoso
Arranjou algum cobrinho
Foi á venda pra comprar
Comida para seus filhinhos
Que semi-nus esperavam
A porta do ranchinho.
XIII
Bem contente ele voltava
Com sua sacola na mão
Tinha comprado fubá
Mandioca, sal e feijão
Queria dar aos seus filhinhos
Uma boa refeição
XIV
Numa curva do caminho
No furor da escuridão
Vinha cantando contente
Com magoas no coração
Quando então foi atacado
Por alguém  de arma na mão
XV
Foi abatido a pedradas
A faca e bala certeira
Sendo seu corpo encontrado
No meio de uma capoeira
Cravado de bala e faca
Coberto de sangue e poeira
XVI
Assim acabou a vida
Do pobre expedicionário
Que lutou pelo Brasil
Honrando seu calendário
Morrendo nas mãos de feras
Que cumpriram o fadário.
XVII
Hoje chora uma viúva
Chorando os órfãos também
Lamentando a triste sorte
De um lar que pai não tem
Sua alma foi pro céu
O que pela Nação.
XVIII
A você José Cardoso
Meu adeus de coração
Que os anjos lá do céu
Te cantem bela canção
Agradecendo por nós
O que fez pela Nação.


          Fato ocorrido na localidade de Doce Fino, no ano de 1962, contado em verso por João Santana Pinto.


Rancho do Cardosinho - José Cardoso de Oliveira Expedicionário assassinado em 1962




Esta cruz simboliza o local onde seu corpo foi encontrado. 


Rancho do Cardosinho
Este quadro foi pintado pelo meu amigo Dr Leslie  Marc DHaese, e hoje se encontra no 
Museu de Quitandinha.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea



                   Rio da Várzea é um rio Paranaense que nasce  na serra do mar, no município de Tijucas do Sul, aumentando suas águas em Lagoinha,  hoje um local muito frequentado como atração turística, conhecida como Saltinho,  ;  atravessa dividindo os municípios de Agudos do Sul e Mandirituba,  serpenteia nosso município Quitandinha; dividindo os municípios de Rio Negro e Lapa. 

O mesmo deságua no Rio Negro, que deságua  no Rio Iguaçu, que deságua no Rio Paraná e finalmente no Oceano Atlântico.   
O Rio da Várzea,  é procurado por  pescadores de finais de semana, pela quantidade e variedades de peixes.
Através de pesquisas realizadas com antigos moradores, chegou-se à conclusão de que, quando tudo por aqui era sertão, nossos pioneiros , viajando em rudes canoas, subiram o Rio da Várzea e adquiriram  uma área de terras dando início a Quitandinha.


Não menos importante, além de outros rios e arroios que serpenteiam nosso município, destaco o Rio do Turvo e o Ribeirão Areia Branca. 
Segundo informações que obtive no escritório da Topografia Farina,  o Rio do Turvo nasce na localidade do Campestrinho, e o Ribeirão Areia Branca que nasce no Tanque do Moura localidade da Campina. Ambos desaguam no Rio da Varzea, um próximo a oficina do Dório, outro próximo a Funerária do Bira.




Saltinho 
                                 



Ribeirão Areia Branca













Rio do Turvo












Rio da Várzea










                     




















 Ponte sobre o Rio da Várzea

Enchente